Aprendizado Contínuo: A importância da educação ao longo da vida para se manter relevante
por Rosângela Moreno
Mestre em Administração, Executiva de Inovação, Projetos Públicos e Privados
O conhecimento é poder, mas não basta acumular conhecimento é preciso saber usá-lo em contextos novos. Quem se mantém curioso, aberto a novas ideias e disposto a reaprender mantém o pensamento vivo, atualizado, e consequentemente relevante. Entretanto o que nos mantém relevantes, não é apenas o que sabemos ou a atitude que temos perante as mudanças que vivenciamos dia a dia, mas a capacidade de continuar aprendendo, reaprendendo, nos adaptando e contribuindo. Manter-se relevante é uma combinação de aprendizado contínuo, empatia e propósito. Sendo a curiosidade o combustível da reinvenção. Resta entender, que a vida não é uma linha reta de conquistas, mas uma espiral de evolução constante.
Esse cenário nos apresenta a importância do capital humano e a urgência prática de um constante aprendizado ao longo da vida, a experiência do lifelong learning. Aprender de forma contínua não é apenas acumular certificados. É cultivar uma mentalidade de crescimento, enxergando cada desafio, erro ou mudança como oportunidade de desenvolvimento. Significa compreender que a obsolescência profissional não é uma ameaça distante, mas uma consequência direta da estagnação intelectual e emocional.
E neste mundo onde a obsolescência profissional chega mais rápido do que a aposentadoria, o lifelong learning tornou-se o ativo mais valioso de um executivo. A organização para a cooperação e desenvolvimento econômico, OCDE (2024) defende como triângulo da aprendizagem ao longo da vida: estratégias, motivação e autoconfiança, isto inclui aprendizados para desenvolvimento de competências e habilidades técnicas, mas também as comportamentais, mostrando com o resultado de suas pesquisas que profissionais que investem continuamente em atualização têm 42% mais chances de ascender a cargos de liderança e 36% maior estabilidade diante de crises de mercado. Knud Illeris, um dos principais teóricos da aprendizagem contínua, defende que o verdadeiro desenvolvimento é cognitivo, emocional e social, um equilíbrio essencial para tomada de decisões complexas em ambientes de alta pressão. Já Peter Senge, autor de A Quinta Disciplina, reforça que organizações que aprendem têm desempenho duas vezes superior em inovação e retenção de talentos. A meta-análise de Zukas & Malcolm (Universidade de Leeds, 2023) confirma que quanto maior o engajamento com o aprendizado ao longo da vida, maior o índice de reskilling e employability. Para McKinsey Global Institute, a previsão é que cerca de 14% da força de trabalho global até 2030, necessite se reinventar na atividade profissional, e muitos profissionais até precisarão trocar de ocupação, devido as constantes mudanças no mercado, trazidas pela tecnologia, automação de processos e inteligência artificial, o que reforça o contexto fundamental do processo necessário de reskilling, com a aquisição de novas competências para assumir novas funções, e o upskiling, com a consistência do aprimoramento de habilidades existentes e especialização constante.
Em outras palavras, o futuro corporativo não pertence aos mais experientes, mas aos mais aprendentes, aqueles capazes de transformar curiosidade em estratégia e conhecimento em vantagem competitiva.
Deixo aqui, três dicas:
- Invista seu tempo para estudar, nem que seja 15 minutinhos por dia.
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- Leia.
Agora um desafio: Quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?