por Juciele Medeiros 
Gerente de Recursos Humanos

“Acredito que o tempo que você passa reclamando é porque não sabe solucionar.” 

— Yasmin, colaboradora da Nova Foods 

“A nova geração que chegou para transformar o jeito de trabalhar, aprender e se conectar”. 

Oportunidade. Essa é a palavra que mais ecoa quando converso com os jovens da Nova Foods. Talvez porque, lá atrás, em 2013, eu também tive a minha primeira oportunidade como aprendiz do Senac. Foi ali que descobri o poder transformador do aprendizado e percebi que o desenvolvimento profissional começa quando alguém acredita em você.

Oportunidade de falar, de ser ouvido, de propor ideias. De ter um plano de crescimento claro, sentir reconhecimento, participar de programas que estimulem o aprendizado contínuo e, principalmente, perceber que estão construindo algo que faz sentido. O que faz alguém permanecer em uma empresa não é a obrigação — é o pertencimento. É saber que pode trilhar o próprio caminho, mudar de área, crescer junto com a empresa e contar com pessoas reais, dispostas a apoiar e ensinar.

O novo olhar da Geração Z sobre o trabalho 

A Geração Z chegou ao mercado com outro ritmo e outra percepção. Eles buscam propósito, flexibilidade e desenvolvimento real.

De acordo com dados do LinkedIn (2024), o principal motivo para um jovem profissional deixar uma empresa é a falta de oportunidades de crescimento. E uma pesquisa da Catho (2025) revelou que 72% dos jovens entre 18 e 26 anos valorizam mais o aprendizado do que o salário inicial. Esses números só confirmam o que vemos no dia a dia: eles não querem apenas trabalhar — querem evoluir.

Como diz Idalberto Chiavenato, “A gestão de pessoas é, antes de tudo, gestão de talentos humanos em desenvolvimento”. E esse desenvolvimento precisa ser real, vivenciado e sentido. Na Nova Foods, aprendemos que dar espaço, autonomia e escuta é o que sustenta o engajamento dessa geração. Quando o ambiente valoriza ideias e o erro é tratado como parte do aprendizado, o resultado é natural: pertencimento. 

Mais que aprender, ensinar 

Sempre digo que a Geração Z não veio apenas para aprender — veio também para ensinar. Eles nos mostram a importância da autenticidade, da escuta e da coragem de fazer diferente. Como destaca Peter Senge, autor de A Quinta Disciplina, “as organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas aprimoram continuamente sua capacidade de criar o futuro que desejam”. Essa geração tem exatamente essa energia: criar o futuro agora. Eles questionam, buscam sentido e desejam ver propósito no que fazem. E quando encontram um ambiente que acolhe suas ideias, eles florescem. 

O que faz eles ficarem (ou irem embora) 

1️. Crescimento real – não apenas promessa, mas plano de carreira claro e oportunidades de aprendizado.
2️.  Propósito – precisam entender por que estão fazendo algo. Quando há propósito, há conexão.
3️. Autonomia com apoio – querem liberdade, mas também líderes presentes e acessíveis.
4️. Ambiente de confiança – a escuta genuína e o respeito são o alicerce da permanência.
5️. Feedback constante – querem saber onde estão e como podem melhorar.

Esses são pontos que não custam caro, mas exigem liderança humanizada e coerente. 

Construindo o futuro juntos 

Segundo o IBGE (2025), o Brasil ultrapassou a marca de 103 milhões de pessoas ocupadas, o que mostra que há espaço e movimento no mercado de trabalho. Mas o verdadeiro desafio está em tornar o ambiente corporativo um espaço de crescimento contínuo e significado. A Geração Z nos ensina que reter talentos é consequência de cultivar propósito. Quando há escuta, confiança e oportunidade, as pessoas não ficam por obrigação — ficam por escolha. 

O futuro do trabalho não será construído por uma geração só. Será resultado do encontro entre quem traz experiência e quem traz novas ideias.
Eu sigo acreditando — e muito — na Geração Z. Porque eles nos lembram todos os dias que trabalhar com sentido é o que realmente faz alguém ficar. 💙