Sim! Mudou de novo

Publicado em 16 de outubro, 2025

por Henrique Medeiros
Engenheiro de Produção, Gerente e Assessor 

 

Nem sempre as mudanças chegam de forma sutil. Às vezes, elas vêm com força, transformando o cenário antes mesmo que a gente tenha tempo de entender o que aconteceu. Outras vezes, são quase imperceptíveis e vão se acumulando em silêncio, enquanto seguimos ocupados com o que sempre fizemos. 

O problema é que, quando adiamos a adaptação, o mundo não espera. O que deixamos “para depois” não é a mudança em si, mas a nossa reação a ela. Quando finalmente percebemos, ela já se enraizou, mudou a paisagem, tornando o processo de ajuste muito mais complexo. 

O que poderia ter sido um movimento consciente e distribuído em pequenos aprendizados diários acaba virando um grande esforço de correção. Esse atraso consome energia, tempo e foco Aos poucos, aumenta a distância entre o que fazemos e o que o contexto passou a exigir. 

Nas organizações, isso fica ainda mais evidente. Uma pequena mudança em uma área — uma decisão, um novo processo, um ajuste de rota — pode provocar efeitos inesperados em outras. 

É como se cada ação tivesse um eco que muda o cenário, mas nem sempre avisa que o mudou. 

Independentemente se alguém nos avisou ou não, devemos nos esforçar para perceber, entender e tratar a mudança, não ignorar ou protelar. É quando não olhamos para o que está se transformando ao redor que perdemos chances valiosas de aprendizado e evolução. 

Por isso, mais do que agir por impulso, é preciso vigiar o que muda e, também, o que deixa de mudar. 

Observar o ambiente, ler as entrelinhas, perceber os pequenos deslocamentos que passam despercebidos. É nesse olhar atento que mora a chance de transformar o imprevisto em aprendizado e o novo em vantagem. 

 

Práticas simples para vigiar as mudanças: 

Mudar é essencialmente um exercício intencional de buscar melhorias, não porque o que existe esteja errado, mas porque sempre pode ficar melhor. 

E isso começa com atitudes pequenas: 

  • Pare quando estiver no automático. Questione-se: “Por que faço assim?” e “Por que não de outro jeito?”. 
  • Observe o que está nas entrelinhas. Às vezes, o que muda primeiro é o que quase ninguém percebe. 
  • Olhe para o que está fora do seu campo direto de ação. O que está acontecendo em outras áreas pode estar abrindo oportunidades — ou gerando riscos — que ainda não chegaram até você. 
  • Crie o hábito de refletir. As maiores transformações começam no momento em que alguém decide pensar e agir diferente. 

No fim das contas, a questão não é o tempo que já gastamos sem reagir às mudanças, mas qual será a nossa decisão agora, ou melhor, a partir de agora. 

E você, tem esperado que tudo se repita ao longo do tempo ou já entendeu que estamos em um jogo infinito — que isso é normal e que está tudo bem? 

 


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